quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Demóstenes
Um dia destes li qualquer coisa que dizia assim: Alegra-te com a desilusões porque isso quer dizer que é menos uma ilusão que tens de cuidar.
É das piores provações por que passamos. Percebermos que nos enganámos, que nos iludimos acerca de alguma situação ou alguém, dói profundamente na alma.
Mas o que fazer? Somos humanos…
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Linda, vivaça, feliz!
Passa os dias a imaginar personagens, fala sozinha, troca de vestuário constantemente;verdade seja dita, ela gosta é de andar quase despida.
Há dias, o avô Carlos telefonou-lhe. Ela vive em Lisboa e nós em Sines, por isso é frequente comunicarmos pelo telefone.
Enquanto eu terminava as tarefas na cozinha, o avô e neta dialogavam numa linguagem pouco comum. O avô do lado de cá, ladrava, latia, ria de gargalhada. Do lado de lá...não sei...não ouvia...
Acabada a conversa telefónica, o avô Carlos apareceu-me limpando as lágrimas, provocadas pelo riso.
Curiosa perguntei o que se tinha passado. A custo contou-me que a nossa neta Alice, já farta da conversa teatral, chamou o pai e disse-lhe:
- Toma pai, está aqui um cão que quer falar contigo!
[A minha maravilhosa priminha Alice]
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Todos os dias. Todas as noites.
Quero sentir-me protegida e sinto-me entregue a mim mesma. Sinto-me sozinha.
Não me sinto.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Há dias que me apetece viver, outros desaparecer e outros... nem sei!
Gostava de ser eu própria todos dias, não pensar em mais ninguém se não em mim e na minha felicidade. Gostar de mim e de tudo o que consigo ser de bom.
Gostava que a minha felicidade dependesse de mim mesma (e depende bem sei!) e nada nem ninguém me afectasse.
Apesar de tudo isto... considero-me uma pessoa 'remediadamente' feliz! (e com um certo grau de bipolaridade também!)

Olhei e não pude deixar de me lembrar da tua boa disposição e vontade de ver as pessoas sempre bem. Do teu entusiasmo, da tua sabedoria, do teu interesse pela vida e das tuas gargalhadas.
Lembrei-me das tardes, das noites de todos os momentos em que o pessoal se juntava.
Lembrei-me do nosso Sporting e dos convites para irmos ao estádio. Dos jogos do nosso Portugal. :) Da tua alegria quando nasceu o teu sobrinho e da vontade que tinhas em partilhar com o pessoal o seu desenvolvimento.
Lembrei-me do acampamento em Tavira (Meu Deus, se não fosse a tua tenda tinhamo-nos afogado!). Da tua vinda para Lisboa e dos cafézinhos com a 'avozinha do Gatuxa'. Dos passeios a Belém.
Lembrei-me da pessoa que eras e que para mim continuarás a ser. Sabes porquê? Porque passado este tempo ainda não consigo acreditar e para mim estarás sempre presente.
Lembrei-me do:
- 'Atão Jonny comé?'
- 'Joana, se faz favor Leonardo Alex!!'
Lembrei-me que toda a gente gostava de ti (e gosta!). E por isso serás sempre lembrado com o maior carinho e amizade!
sábado, 13 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
3 Dezembro
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O ir I
Mas custa tanto!
Os dias a seguir a um fim de semana que foi perfeito são terríveis. A despedida é no mínimo horrível. Parece que me estou a despedir para sempre!
Adoro estar contigo, adoro quando ficas comigo e me agarras como se o mundo fosse acabar amanhã. Quando mostras que sou importante para ti. Quando chegamos à conclusão que juntos somos felizes.
Gosto das palhaçadas. Gosto das brincadeiras. Gosto quando parecemos duas crianças nos dias mais felizes das suas vidas.
Gosto da nossa cumplicidade. Gosto de me sentir feliz... contigo! Gosto de nós.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Loucos e Santos
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde
domingo, 16 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Há quem diga...
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
(...)
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
Elogio ao amor - Miguel Esteves Cardoso
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
A diferença é que quando vim não tinha dois anos.
Não era à aldeia, mas sim à cidade que queria voltar...
E quando tive que me agarrar a alguma coisa... agarrei-me a mim mesma!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Como a música é importante
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
- Sabia. Também não aceitaria menos que isso desta vez.
- Nem eu te ofereceria menos. Porque vais merecer sempre mais.
- É bom poder gostar de ti novamente. Não voltes a ir embora...
- Sabes o que é melhor ainda? É saber que desta vez não vou a lado nenhum. E se tiver que ir, levo-te comigo.
in P.S. - I love you, Cecelia Ahern
Comecei a ouvir vozes que me eram familiares mas tal familiaridade fazia com que pensasse 'não pode ser' quem me está a parecer.
Estranho foi, quando comecei a sentir as vozes cada vez mais perto... e a campainha tocou!
Eram eles! A minha Sardanisca frita e o meu Piruças! A Alice e o Baltasar.
Enormes e cada vez mais espertos, mais inteligentes, mais lindos!
Tinha saudades tuas - Alice.
Nada é perfeito
Há muito que não sabia o que era sentir a dor provocada pela distância.
'Somos fortes', 'vamos conseguir', 'vai tudo correr bem', 'temos que saber lidar com isto'... são as frases mais ditas.
Saber que não é bem assim, saber que estamos a dizê-lo para nos reconfortar a alma. Para nos apoiarmos um ao outro.
Bem sei que os problemas de uns são a alegrias de outros. Sei também que há males piores. Mas custa. Muito!
Custa gostar e não puder partilhar todos os momentos. Custa chegar ao fim do dia e não receber aquele abraço de conforto 'mais um dia que passou'... Custa não te ter aqui comigo! Custa ter saudades e não poder estar contigo na hora.
Porque, às vezes, o mais importante fica por dizer...
Gosto de ti. Gosto muito de ti.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
4 de Espadas
[A sério? Quem diria...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Revolucione sua qualidade de vida, aprenda a superar o cárcere da emoção e a falar o alfabeto mágico do amor. Você tem se esforçado para aprender esse alfabeto? O amor irriga a existência com sentido. Sem amor, a vida se transforma num canteiro de tédio.
[...]
A vida sem amigos é um céu sem andorinhas. Se não os tem, cultive-os. Se os tem, marque encontros com eles, procure saber como estão, compartilhe experiências. Cuidado! A vida estressante do mundo moderno tem nos roubado o melhor do nosso tempo. Planeje ver seus amigos com mais frequência e recrie bons momentos. Não seja vítima da solidão. Não se isole em casa, não se feche no mundo da Internet. Um bom amigo vale mais do que uma grande fortuna e pode ser mais útil do que um bom psicoterapeuta.
A vida é um espectáculo de raríssima beleza. Contudo, só a aprecia quem é capaz de escrever os principais capítulos da sua vida nos momentos mais difíceis da sua história.
Tenha coragem para romper as algemas do medo e caminhar pelo labirinto. Percorra territórios nunca antes explorados. Se as oportunidades não surgirem, crie-as. Faça da sua vida uma poesia e uma grande aventura. Corrija as suas rotas, mas nunca desista das suas metas e nem daquilo que você mais ama.
Se você nunca desistir, sua vida será diferente. Você deixará de ser controlado pelos seus problemas e se tornará o autor da sua própria história...
in Revolucione sua qualidade de vida, Augusto Cury
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Google Earth
O telefone do escritório toca.
- 'Identificação da firma' Boa tarde!
- Joana Tudo bem?
- Sim, tudo bem. Quer dizer... já tive melhores dias, mas tudo bem!
- Olha quem é que está ai no escritório com uma blusa verde?
Estranhando a pergunta, como é óbvio, e sabendo que era eu, ainda assim olhei para a minha roupa...
- Sou eu... porquê?
- Humm... Nada! É que estou aqui no Google Earth e aproximei (muitoooo!) e vi alguém na varanda de blusa verde...
- hummmm pois, era eu!
Lado positivo deste telefonema: não encontro!
Lado negativo: Para além de estar no meu local de trabalho a ser controlada à distancia, ainda me vêem à janela e a fumar!
Lado péssimo: O telefonema era do meu patrão!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Etologia - Parte I
Vamos ver se tenho razão ou não, no que estou a dizer!
Arranjei forma de tentar não associar ao que aconteceu. Mas é inevitável e não consigo.
As saudades são muitas. E o 'porquê?' continua a vaguear pelo pensamento!
Acredito que esteja a ser difícil, não só para mim mas também para todos os que eram próximos e que cada um tem vivido isto à sua maneira e tem tentado ultrapassar como acha mais fácil. Mas também sei e tenho a certeza que ninguém se esquece e evita falar no assunto guardando para si a dor e sofrimento que provoca.
O que é bom, é saber que estamos cá, uns para os outros!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor.
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a plateia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
Oswaldo Montenegro
domingo, 12 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Para bom entendedor…meia palavra basta!
• Vai uma velhaca?
• Só se eles ‘tiverem cegues!
• Cadelaço!
• Pronto já ‘tá!
• Queride!
• ‘Tás a viver um sonhee…
• Vou contar iste a quém?
• Companhêre!
• Bebe mais sim, na te esqueças!
• Lavajão
• Ah bom!
• Tão bom…
• Fui eu que fiz!
• Isse tem alguma coisa que saber?!
•‘Tás com fastio?
• Alembrei-me agora!
• Calma companhêro!
• Só per causa disse já na vou!
• À Mariolaa!
• Sai daqui Chôque, fazes água turva!
• Eu é que sê tratar de ti companhêro!
• Incha lá!
São muitos anos, adoro a pronuncia e os termos utilizados!
Dedicado ao pai! :D
Etologia
Portanto, tendo em conta que 'adoro' animais com penas, desejem-me sorte!
(Vendo bem... para trabalhos posteriores, posso sempre vingar-me no meu papagaio!)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O telefonema
Saudades daqueles tempos em que partilhava tudo contigo... Sempre fomos tão próximos, tão cúmplices, tão amigos... passa-se o tempo aumenta a distância e parece que tudo se perde.
Adorei o facto de me teres ligado. Que te tenhas lembrado e preocupado comigo!
Pode mudar muita coisa mas o carinho que tenho por ti... NUNCA!
domingo, 5 de outubro de 2008
[Não podia ter sido melhor escolhido!]
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Aula de Português
Translúcido
que deixa passar a luz, mas que não permite ver de forma clara e nítida os objectos.
Transparente
que deixa atravessar-se pela luz;
que deixa ver os objectos através de si, de forma clara e nítida;
evidente;
claro;
Não me venham dizer que Translúcido quer dizer o mesmo que Transparente!
Tenho a dizer ainda que, a expressão 'Quem semeia ventos colhe tempestades' não é aplicável em todos os casos.
Principalmente quando os ventos não aparecem de surpresa e a previsão é dita atempadamente a quem tem mesmo que saber. (Pessoas que jamais mereceriam que viesse a tempestade sem serem avisadas!)
Nos casos em que à partida se sabe que não se tem que dizer nem justificar o porquê dos ventos (até porque, assim como muitas outras coisas da vida, não há explicação!) e muito menos das tempestades... Nada se diz! (e aqui atenção, não é considerada mentira, simplesmente não há razão para o fazer!!)
Não é justo haver tempestade sem vento!
Adianto que o velho ditado 'o feitiço vira-se contra o feiticeiro' é um dos meus favoritos!
Previsão Diária
David Schwartz
Vai ter coragem de seguir os seus?
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
A Despedida de Solteira
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Nove Anos
Dono da razão, independente, inteligente, teimoso, resmungão, mas quando quer sabe ser um doce... Ele é um doce! :)
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Medicina Alternativa
Estava eu e a tia Mimas.
Vieram trazer informações habituais acerca de trabalho e conversar um bocadinho... no meio da conversa contaram que vinham de uma clínica onde foram perguntar se podiam lá fazer os tratamentos delas.
Contaram que era uma clínica de medicina alternativa/naturalista e outros pormenores que nos fascinaram e fizeram com que não resistíssemos em marcar uma consulta.
A paciente não fui eu. Mas acompanhei.
Chegamos lá e o Dr. para além de perguntar o que nos preocupa, olha fixamente traços do nosso rosto e os olhos.
Vai olhando e dizendo tem isto ou aquilo e doí mais, ou é mais persistente, no lado direito/esquerdo.
A consulta não era para mim, logo ele não me diria nada. Nada do que pudesse estar mal.
Às tantas ao perguntar o tipo de sangue à paciente, esta comentou comigo, quase em segredo, o meu tipo de sangue. E ele ficou atento. Começou então a olhar para os meus 'traços'. Baseia-se nos traços porque é uma marca genética e assim pode perceber o que a pessoa realmente tem que venha por descendência.
Estranho foi quando ele em vez de me olhar para cara olhou para as minhas orelhas:
- em primeiro lugar vai-me tirar esses brincos todos... está a estimular pontos de apuncultura desnecessariamente, ao mesmo tempo que certos órgãos perdem certas capacidades.
A verdadeira paciente comentou:
- na língua não são certos órgãos... são todos!!
Fiquei a olhar para ele... e agora?
Se não fosse lá nada disto sabia e continuaria com os brincos como se só enfeitassem e por gostar. Fui e ao ouvir aquilo permaneço com todos mas sempre a pensar no que ele me disse.
O Dr. não contente com o que disse acrescentou:
Voltou à paciente.
- Dê-me os seu pés por favor.
A diferença é que ele é muito mais rápido nos resultados. Vê na própria consulta o que temos e diz-nos na hora! A medicação é à base de produtos naturais que são muito mais baratos.
Apresenta uma tabela com todos os alimentos que são favoráveis ao nosso tipo de sangue. Este factor foi outro que me impressionou. Foi me dizendo alimentos que não eram compatíveis com o meu sangue e são realmente os que, quando como, me sinto mal disposta. Outros gosto muito mas não 'posso' comer.
Há muitos mais aspectos que ele fala muito mas muito interessante!
Sai da clínica fascinada. Um dia se puderem, nem que seja por experiência... vão a um médico naturalista!
terça-feira, 9 de setembro de 2008
A Verdadeira Treta
Ontem fui ver!
Como em todas as peças em que entra o Toni e o José Pedro Gomes, ri, ri, ri... Saí com dor nas bochechas!! Já tinha saudades da Conversa da Treta.
Excelente!! :D
Olha lá... Ouve lá...
ESTREIA HOJE!!
(Até Dezembro no Casino de Lisboa)
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Fátima

sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Episódio IV
O cobrador tinha chegado ao escritório e estava a resumir-me a sua tarde de trabalho.
A 'patroinha' super empenhada, a resolver questões pendentes, permanecia sentada em frente ao computador a ouvi-lo e a responder a todas as suas questões. (pensava eu!)
O cobrador falou, falou, falou... sempre de pé em frente à secretária e ao lado de uma impressora.
Às tantas fez-se silêncio. Continuava o meu trabalho e o cobrador de pé ao lado da impressora.
Passaram-se alguns minutos... (alguns... 30/40 minutos)
- Sr. José, passa se alguma coisa?
- Não menina.
- Está tudo bem?
- Sim menina.
- Então porquê que continua ai de pé e calado?
- Estou à espera...
- À espera? de quem?
- Do que mandou imprimir...
- Eu mandei imprimir? o quê?
(Gargalhada conjunta!)
Podiam-se ter passado horas que o Sr. José não me diria nada. Continuaria ali, de pé ao lado da impressora (imagem muito cómica!).
Não há nada melhor para uma alma do que tornar menos triste outra alma.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Um dia vou sair para a rua e gritar que sou feliz.
Ao criar este blog nunca pensei que fosse ter tanta necessidade de mostrar o lado triste da minha vida, como se nada fosse bom para mim. (e como se os meus problemas fossem os piores de sempre e não houvesse bem pior!)
As pessoas (EU inclusive) têm sempre muito mais facilidade em falar e exprimir sentimentos quando se trata de acontecimentos tristes. Não me excluo.
Ainda não disse que a minha irmã vem para Lisboa. Finalmente, passado tanto tempo de 'separação' vou tê-la aqui. Uma alegria.
Ainda não disse que tive de férias na minha cidade e que foram 15 dias para não esquecer.
Não falei dos reencontros, das saídas, das noitadas, do acampamento, das surpresas, das bezanas... Não falei de nada!
Não disse que voltei ao trabalho e que (devido a vários factores que não podem ficar mencionados porque são deprimentes!) a harmonia é outra! (embora o stress seja o mesmo!)
Ainda não disse que no fundo de toda a minha tristeza, desilusão e revolta para com comigo mesma, sou uma pessoa feliz...
Tenho a dizer que... Sou feliz!
Hipocondríaca
(MORIN, 2006; ROSSINI, 2002; REIMÃO, 1996).
A duração da insónia varia, podendo ser desde a insónia de poucos dias de duração; até a insónia de longa duração por meses ou anos (insónia crónica).
(MORIN, 2006; ROSSINI, 2002; REIMÃO, 1996)
Insónias transitórias
As insónias transitórias são as que duram poucas noites, são muito comuns, ubíquas. A maior parte das pessoas apresenta esta insônia em algum período de tensão, stress, expectativa ou excitação.
Insónias de curta duração
As insónias de curta duração são as que duram de poucos dias até três semanas. Geralmente são causados por stress grave ou persistente como preocupações com a saúde própria ou de familiares; luto ou perda substancial; problemas familiares, profissionais ou de relacionamento. A relação entre o stress e a insónia é nítida (MENDELSON, 1993).
Insónias de longa duração
As insónias de longa duração ou crónicas são as que duram mais de três semanas. Podem ser relacionadas a stress continuado, depressão, abuso de álcool ou drogas e hábitos inadequados para dormir, como o excesso de café.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Fobia Social
A sua pontuação de Evitamento é : 43
A sua Pontuação total é : 88
. Falar em público.
. Comer em público.
. Ser apresentado a outras pessoas.
. Ir a festas.
. Ser observado a fazer alguma actividade.
. Ser o centro das atenções.
. Ser criticado ou brincarem connosco.
. Ser observado.
. Começar uma conversa.
. Dar ou defender a nossa opinião.
. Falar com pessoas em posições de autoridade.
. Ter encontros sociais com estranhos, sobretudo do sexo oposto.
. Olhar outras pessoas nos olhos.
. Dar ou receber elogios.
. Relações pessoais, de amizade ou românticas.
. Procurar ajuda médica.
Alguns dos sintomas físicos habitualmente sentidos:
. Taquicárdia.
. Aumento da tensão arterial.
. Tremores.
. Voz trémula.
. Falta de ar.
. Ruborização (corar).
. Náuseas.
. Mãos frias e suadas.
. Tensão muscular.
. Sudação excessiva (suar).
. Dificuldade de contacto a nível dos olhos.
Alguns dos medos mais comuns:
. Medo que os outros notem os sintomas físicos da ansiedade, tais como sudação, tremores, ruborização, voz alterada.
. Parecer ridículo, tolo, desajeitado.
. Parecer chato, demasiado calmo e desinteressante.
. Ser negativamente avaliado e julgado pelos outros, sobretudo a nível social.
Algumas das consequências possíveis na vida de pessoas com Ansiedade Social:
. Abuso de álcool, ocasionalmente ou de forma continuada.
. Auto-medicação.
. Depressão.
. Auto-estima muito baixa.
. Vida social limitada, com dificuldade em manter relações já formadas.
. Falha de oportunidades de educação e emprego.
. Isolamento da sociedade e da família.
. Sofrimento.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Às de Paus
Cecília Meireles
É tão verdade… muitas vezes é tristemente verdade, não é?
Porque será que caímos tantas vezes neste erro de só darmos valor ao que temos quando o perdemos? Que armadilha colocamos no nosso caminho… ou será o destino? Ou será Deus/a? Quase sempre a origem destas situações são profundamente pessoais. Têm a ver com a auto estima, com marcas profundas e dolorosas que não conseguimos esquecer, perdoar, curar… só mais tarde é que acabamos por tomar consciência de que afinal essas marcas não eram assim tão importantes… elas servem muitas vezes de desculpas para ficarmos sossegadinhos no nosso canto. Somos refugiados da vida. Somos prisioneiros de… nada, de mentiras, de insignificâncias que, só quando avaliarmos lá do cimo da nossa Alma, é que vamos perceber que fomos fúteis e medrosos.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
in A Saga de um pensador, Augusto Cury
A eles sei que amo.
Quantas vezes estive eu desejando que esse dia chegasse.
Há quatro anos atrás esse dia chegou.
Passados quatro anos, só desejo ver-me livre de Lisboa e voltar para ao pé dos meus pais.
Não para me ver livre de situações ou fugir delas, mas para sentir que a qualquer momento tenho o colo que tanto sinto falta.
Para conviver com eles e aproveitar todos os momentos ao máximo.
Quando se está nas fases 'críticas' (eu diria mesmo estúpidas!) da adolescência acha-se (porque sim!) que somos donos do mundo e só o que nós pensamos e queremos é que está certo. Que é o melhor. Não é que não seja. Vir para Lisboa fez de mim uma pessoa melhor. Mas se soubesse o que sei hoje... Não teria tanta pressa e muito menos teria pensado um dia que longe dos meus pais é que estava bem.
Tenham eles os defeitos que tiverem. São sem dúvida o meu grande apoio e quem se dedica mais.
A esta fase em que lhes dedico toda a atenção que posso e em que caio em mim tendo noção do quão importantes são... daqui a uns anos saberei qual é. Mas de certeza que não estarei arrependida!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Mais um Daqueles - Fases
Chorei e choro as vezes que forem necessárias para me sentir aliviada, para que a alma fique limpa (seja esta da dimensão do meu corpo ou separada do mesmo, faz parte de mim).
Choro, porquê não sei.
Sei! Vazio. Como se nada existisse dentro de mim. Como se fosse (como muita gente me julga): Oca por dentro.
Era bom. Será que se o fosse teria sentimentos?
(Sentimentos não quer dizer obrigatóriamente que me refira a paixão, amor, amizade...abrange demasiadas... 'coisas!)
Sou constantemente inconstante. Uma Infeliz Feliz. Uma Satisfeita Insatisfeita.
Acima de tudo (e todos) serei sempre EU no que consigo fazer de mim mesma, no que consigo moldar na minha personalidade (se fôr necessário!). Serei sempre EU no meu melhor.
Choro, por vezes, porque sim.
Coisas que acho piada.
As cartas recomendam um retiro espiritual, que não tem que forçosamente ser longe de casa. Este retiro pode acontecer no seu lar. Tenha tempo para si, tempo de qualidade.
Um dia vou ser turista na minha própria cidade. Hoje é o dia. :)
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Harols Abbott
Será que não somos todos assim? Poucas são as ocasiões em que nos sentimos satisfeitos, completos, mesmo quando o estamos. Estamos sempre à espera de mais qualquer coisa. “À espera” porque batalhar por isso, raramente fazemos. Queremos um emprego melhor quando nunca sequer tentámos que este resultasse; um relacionamento mais… perfeito (como se isso existisse), uma família sem atritos (o que também é um mito), e vamos protelando decisões, mudanças internas que têm de existir e que conduzem à maturidade… Ignoramos os sinais, tapamos os ouvidos, os olhos, na esperança de não termos que passar por essas experiências que, podem ser dolorosas, mas são elas que fazem de nós Seres distintos, evoluídos. Será que não queremos todos sair do “rebanho”?
Não me sairia melhor. 'Previsões' que até batem certo. Mas só por acaso..
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Desabafo daqueles...
A felicidade não é eterna quando estamos com alguém que gostamos mas quando estamos sozinhos e julgamos ser o melhor, a 'infelicidade' chega mais depressa.
Sente-se falta de qualquer coisa (ser amado?) e nem os mais próximos, os amigos, conseguem compensar. São ajudas preciosas sem dúvida alguma mas não tapam aquela solidão.
Aquela que mesmo rodeada de muitas pessoas sente-se a falta de alguém.
Hoje acredito que para se ser realmente feliz tem que haver alguém na nossa vida por quem se sinta algo muito forte e que esse sentimento seja mútuo.
Hoje sinto-me sozinha. E pior, estou sozinha e devo isso a mim mesma.
Per7ume
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal
Sou eu
Vida á média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal
Sou eu
Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal
Sou eu
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal
Sou eu
domingo, 20 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
Género e Sexualidade I
Eros - Amor apaixonado
Implica forte atracção pelo outro, quer a nível fisico como emocional.
Ludus - Amor Lúcido
Evita o compromisso, tem uma distância minima de funcionamento.
Storge - Amor Lúcido
O aprofundar de uma grande amizade prévia, que com o tempo se transforma em amor.
Pragma - Amor Prático
Analisado a um nível lógico, interesses, carreira, dinheiro, atitudes perante o sexo.
Mania - Amor Maníaco
Tem carácter obcessivo, com características de elavada possessividade e dependência.
Agape - Amor Altruísta
Coloca-se as necessidades do parceiro a cima das próprias.
Mania que têm de dar nome (e uma definição) a tudo não acham?
Amor não é Amor e ponto final?
quarta-feira, 9 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
O.I.F.A.
.Servimos de exemplo à comunidade;
.Mostramos como estar sempre na moda e quais os sítios mais in;
.Mantemos a pose quando embriagadas;
.Não nos damos com homens. (Mas também não somos lésbicas!)
Su&Ju
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
George Bernard Shaw
Só lutamos pelo que realmente queremos até realmente alcançarmos e termos a certeza que é nosso. Uma vez conseguido, mesmo depois de tanto esforço, luta, dedicação, perdemos a vontade de manter (seja o que fôr) em nossa posse.
Deixa (não de uma forma automática mas 'a seu tempo') de fazer qualquer sentido, deixamos de sorrir, estar felizes, realizados, por ter vencido, por termos o que tanto desejamos, nas nossas mãos. Começa a crescer um novo interesse e mais uma vez ... uma nova luta! Mais uma...
Pior, é que tanto a luta, a derrota, a vitória e o abandono (quase sempre) envolvem sentimentos, envolvem pessoas. Daí 'as tragédias' da vida. Não se vive sem sentimentos.
'Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.'
(Note-se que tratei Aristóteles e Descartes por 'Uns' e 'Outros'. Trata-se de enjoou mental. Fartei-me de escrever o nome dos senhores!)
Bem não sendo eu perita neste tipo de matéria, estudei e aceitei a ideia de cada um deles uma vez que não consigo ter opinião formada. Ou talvez até tenha mas misturando as ideias de ambos.
Mas afinal... somos Munistas ou Dualistas?
A Alma tem precisamente o tamanho do nosso corpo ou é algo separado e com dimensões maiores?
E se pusermos a hipótese que só acreditamos (ou só nos lembramos) na existência de uma alma quando morre alguém próximo e temos que recorrer a algo para sentirmos uma ligação?
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Problemas de Expressão
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
segunda-feira, 30 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Pressentimentos
Ontem, ao chegar a casa, decidi ver uma caixa de email que raramente abro. Mas senti que tinha de o fazer. (Que se retire do vocabulário frases como 'um dia destes' e 'qualquer dia') Algo me dizia que tinha lá qualquer coisa de importante (até aqui parece uma estupidez estar a escrever este post, mas nada é estúpido quando é sentido!).
'Abri' a caixa de emails, quando me deparo com um (um só email! Lá está, ausência de mais, razão pela qual nunca lá vou!). De quem era?
De alguém que por muito que aconteça na minha vida, nas nossas vidas, por muitos desencontros que hajam, por muita ausência de palavras, carinho e afecto de ambas as partes, sabe que eu estou e sempre vou estar aqui para o que fôr preciso e que da minha parte, em relação ao que sinto é precisamente a mesma coisa! (Tinha a certeza disso antes mas ontem confirmei!)
Como já escrevi num post anterior (bem no 'início do início' deste blog), esta pessoa é só indispensável! Não precisa de estar presente todos dias, fisicamente... precisa 'só' de existir!
Sei que em qualquer altura, lugar, passem anos a fio... vais estar sempre presente!
Obrigada por existires. Obrigada por fazeres parte da minha vida. Obrigada 'por tudo mudar'. Obrigada!
És Linda! És a minha Nesinha!
O Mundo
terça-feira, 24 de junho de 2008
Os nossos Tempos
Temos mais diplomas, mas menos senso comum. Mais conhecimento, mas menos discernimento.
Temos mais especialistas, mas mais problemas. Mais medicina, mas menos vigor.
Gastamos imprudentemente.
Rimos muito pouco. Guiamos muito depressa.
Zangamo-nos demasiado e muito facilmente.
Ficamos acordados até muito tarde, lemos muito pouco.
Multiplicamos as nossas posses, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demais, amamos de menos e mentimos muitas vezes.
Aprendemos a ganhar dinheiro, mas não a vida.
Acrescentámos anos à nossa vida mas não vida aos nossos anos.
Temos prédios maiores mas fervemos em pouca água.
Estradas maislargas mas pontos de vista mais estreitos.
Gastamos mais mas temos menos.
Escrevemos mais, aprendemos menos. Planeamos mais, realizamos menos
Aprendemos a ter pressa mas não a esperar.
Que não se guarde nada para uma ocasião especial porque cada dia que se vive é uma ocasião especial.
Que se retire do vocabulário frases como 'um dia destes' e 'qualquer dia'.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
Vim 'cá dentro' para poder descobrir a hora certa para abalar amanhã para Lisboa.
(a mais tarde possível!) Não me apetece ir embora como sempre...
Ao afastar o monitor deparo-me com uma foto do Leonardo... as lágrimas caiem. Sinto saudades. Não sei o que dizer quanto a 'isto' mas sinto necessidade de escrever.
O irmão está lá fora, a malta está lá fora... e FODA-SE! Ele faz falta! MUITA!
Gostava de ter a certeza que ele sabe disto... que todos sentimos esta saudade e que não nos esquecemos dele nunca!
A foto... aquele sorriso, aquela presença... aquele amigalhaço de sempre! e no fundo.... para sempre!
quinta-feira, 12 de junho de 2008
7 espadas
Somos feitos de carne, osso e muitos nervos...a palavra de ordem é ponderação!
terça-feira, 10 de junho de 2008
ANIMALOS ®
O nosso Lema: 'Para ANIMALOS® não há intervalos!'
'ANIMALOS® é um prazer'
'ALEGRIA'
Fazemos: casamentos, baptizados, divórcios, aniversários.
Orçamentos: grátis
Vamos a Casa!
Modo de Pagamento: Mines,Coca-cola, tabaco, paparoca.
Brigada dos ANIMALOS®: Pandan Macho, Pandan Femea, Tétinhas, Mafaldinha, MiniMartini, Nanity, Mimi, Tone, Bá, Xana, Iana, Lia, Benny.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008

22 anos de mim! :)
Não sei porquê mas apetece-me dizer qualquer coisa...
Apetece-me dizer que sinto falta dos meus pais, não só hoje mas, principalmente hoje.
Sinto falta daquele tempo em que acordava com beijinhos carinhosos da parte dos dois (que só tolerava por ser um 'dia especial'),pulos em cima da minha cama, gritos... sinto falta de os ter perto de mim. Há três anos que não sei o que isso é...
Pensando bem, confirma-se que só perdendo alguém ou ficando longe é que se dá o valor devido. É verdade! Feliz ou infelizmente, é verdade!
Tenho saudades e sei que por muito que as tente 'matar' não consigo!
Bem mas como hoje jurei a mim mesma que não haveriam tristezas que me abalassem e porque sei que as pessoas que eu queria podem não estar presentes fisicamente mas de uma forma ou de outra estão SEMPRE PRESENTES... Parabéns a mim ! :)
Obrigada a todos os que se lembraram de mim :D
Rei de Paus
Orgulhe-se de si."
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Episódios
Baltasar: Não! Estou a comer só três!
Eu: Oh Baltasar mas só se come uma de cada vez!
Baltasar: Sim! Eu estou a pôr uma pastilha de cada vez!
terça-feira, 13 de maio de 2008

Saudades...
Saudades daquele tempo em que vivemos coisas boas, menos boas, más, em que não vivemos, em que fizemos por viver,em que aproveitavamos tudo ao máximo sem perder qualquer minuto.
Saudades daquele tempo que nunca mais vai voltar a ser igual mas que, ao mesmo tempo, sei que vai ser recordado para sempre! :)
[ o melhor e o que sabe bem é saber que todos têm "esta" saudade ]
Beijos a todos!!!!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
08.05.2008
Por vezes é necessário dar um passo a trás para podermos dar mais dois ou três à frente! Poderá estar na altura de uma profunda mudança interior para se libertar dos “lixos” acumulados ao longo da vida.
É karma mesmo!
Estou além
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Semtre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
António Variações
segunda-feira, 5 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
Desespero
sexta-feira, 2 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Parvoices
Pai: Humm?
Filho: Como é o feminino de sexo?
Pai: Quê?
Filho: O feminino de sexo.
Pai: Não tem.
Filho: Sexo não tem feminino?
Pai: Não.
Filho : Só há sexo masculino?
Pai : Sim. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
Filho : E como é o feminino de sexo?
Pai : Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
Filho: Mas acabas de dizer que há sexo masculino e feminino.
Pai: O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra Sexo é masculina.
O sexo masculino, O sexo feminino.
Filho: Não deveria ser "A sexa"?
Pai: Não.
Filho: Mas porque não?
Pai: PORQUE NÃO! ...Desculpa, porque não. "Sexo" é sempre masculino. Filho: O sexo da mulher é masculino?
Pai: Sim. Não! O sexo da mulher é feminino. Filho: E como é o feminino?
Pai: Sexo também. Igual ao do homem.
Filho: O sexo da mulher é igual ao do homem?
Pai: Sim. Quer dizer...olha: há sexo masculino e feminino. Não é verdade?
Filho: Sim.
Pai: São duas coisas diferentes.
Filho: Então, como é o feminino de sexo?
Pai: É igual ao masculino.
Filho: Mas não são diferentes?
Pai: Não. Ou melhor, sim! A palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra. Filho: Então não muda o sexo. É sempre masculino.
Pai: A palavra é masculina.
Filho: Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "O palavra."
Pai: Basta! Vai brincar.
O filho sai e entra a mãe, o pai comenta:
- Temos que vigiar esse miudo...
- Porquê?
- Só pensa em gramática!
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Sem Dúvida
Onde estão vocês amigos quando são precisos?
Faço de hoje o dia em que nomeio os meus pais como os amigos n.º1!'
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Sol em Gémeos, Lua em Capricórnio
Você nasceu com o Sol em Gêmeos e a Lua em Capricórnio.
Sua individualidade está sob a influência do Sol em Gêmeos, o que denota um temperamento intelectual, gentil e humano. Toda a sua vida se voltará para dentro graças à sua formação e à sua busca intelectual. As pessoas a consideram inteligente.
(Esta parte fez me rir!!)
Quando estressada, você hesita em seguir cursos definidos às pressas. Entretanto, o que porventura lhe falte nesse sentido é compensado por seu excelente intelecto. Você gosta de refletir sobre conceitos e tem uma visão ampla e humanística da vida. Detesta a violência e a julga incompreensível. Se pudesse fazer o que quisesse na vida, sem dúvida você se dedicaria exclusivamente a actividades intelectuais.
(Ham, ham... )
Externamente, sua personalidade não se coaduna inteiramente com seus sentimentos. Devido à educação e outras influências ambientais, sua personalidade se concentrou em atingir metas materiais com as quais, de alguma forma, você se identificou completamente. Porém seu eu interior não se coaduna com essas questões.
Cabe a você amenizar a influência de sua personalidade adquirida e deixar que os impulsos provenientes do eu interior venham à tona, a fim de promover uma maior integração.
(Ok. Alguém, sabe fazer tradução do que dizem os astros? =P)
terça-feira, 22 de abril de 2008
Toque - Toque
Porque foi a primeira música que ouvi quando liguei o rádio.
Porque deu aquele 'toque' no coração.
Porque fez lembrar alguém que tenho saudades.
Porque foram momentos bem passados ao ouvir isto...
Porque essa pessoa era especial e faz falta.
Porque... apeteceu-me partilhar!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Crise Existencial
sábado, 19 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
[Bem] na minha mão
Presa por um fio
Na vertigem do vazio
Que escorrega entre os dedos
Preso em duas mãos
Que o futuro é mais
O presente coerente na razão
Frases feitas são reféns da pulsação
O Mundo
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia.
Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer-te três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa de mal?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!
E é assim a moral desta historinha...
Diariamente, tropeçamos em cobras!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Tabacaria
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Álvaro de Campos