É claro
que não aparece sob um golpe de magia; nenhuma varinha de condão o consegue
materializar; ele vai-se fabricando aos nossos olhos, construindo dia após dia
a imagem da pessoa que sonhámos ver ao nosso lado.
A pessoa
certa não é a mais brilhante e eloquente, a que nos escreve as mais belas
cartas de amor, a que nos jura a paixão mais avassaladora ou nos diz que nunca
se sentiu assim. Nem a que vem viver connosco ao fim de três semanas e planeia
viagens idílicas a ilhas secretas perdidas no Pacífico.
A pessoa
certa é aquela para quem nós também somos a pessoa certa. Tão simples quanto
isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem.
O que
transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa
vida. E há alguns que ainda querem. (...)
O príncipe
encantado é o homem que nos tapa os ombros com o lençol a meio da noite quando
temos frio e se levanta às três da manhã para nos fazer um chá de limão quando
ficamos doentes. É aquela pessoa que tem sempre tempo para os nossos problemas.
Não é o que diz "amo-te" 20 vezes ao dia, mas o que sente que nos quer amar ao
longo dos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que
também olha por nós todos os dias. (...) É um príncipe que governa um reino,
porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos
mesmo importantes. (...)
É só preciso
deixá-lo ficar um dia atrás do outro...e se for mesmo ele, fica. De pedra e
cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer.
Em Onde Reside o Amor
Margarida Rebelo Pinto
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