Gostava de vir aqui dizer: acabou a pandemia. Mas não.
Por cá continuamos numa segunda vaga. (dizem eles)
Não sei se a primeira alguma vez teve fim, só sei que tudo isto , embora tenham passado meses, parece algo que não é real.
Estamos em Novembro. Mês de alguma fragilidade para mim. De muitas memórias.
Tentei que ao longo destes 13 anos que passaram, este mês se tornasse mais leve, mais de sorrisos e de lembranças boas do que propriamente o mês em que perdi alguém que me era muito querido.
Há dias, ainda não estávamos em Novembro, e eu já tinha tido um ataque de choro incontrolável no carro assim que passou uma música de Ornatos Violeta. Lembrei-me dele, lembrei-me da Mariana (que foi quem me emprestou o CD de Ornatos para gravar) e consequentemente da amizade bonita que todos tínhamos.
Chorei. Chorei muito. Ao mesmo tempo que chorava, ganhava a certeza que há muita coisa que não se perde. Entre elas as boas memórias que ficam.
Acabei por escrever à Mariana, que partilha do mesmo sentimento que eu.
O que é mesmo muito engraçado é que neste mês, nos últimos anos, tem havido situações, momentos e acontecimentos que vão fazendo com que realmente sinta que o mês pode voltar a ser especial. A ter algum encanto. E tem.
E é isso. Tudo leva o seu tempo. Tudo tem um porquê.
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