sexta-feira, 6 de junho de 2008

Eu já me ri ate doer a barriga, já nadei ate perder o fôlego, já chorei ate adormecer e acordei com a cara inchada, já me queimei a brincar com velas, já falei com o espelho. Já me escondi atrás das cortinas e esqueci-me dos pés de fora. Já passei a trote pelo fio do telefone e já apanhei banhos de chuva. Já fiz confissões antes de adormecer, fiz loucuras que só eu sei, já andei no caminho errado e continuo a andar pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela, já chorei a ouvir musica no autocarro, já ri em alto e bom som. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já cai da escada de rabo, já disse disparates, já meti os pés pelas mãos, já me arrependi de morte e corei ate ficar roxa. Fiz juras eternas, já chorei sentada no chão da banheira, já fugi de casa para sempre, e voltei no instante a seguir. Já sai para andar sem rumo, sem nada na cabeça, a ouvir os meus passos. Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei sozinha no meio de mil pessoas a sentir falta de uma só. Já ouvi elogios que não consegui aceitar. Já vi o pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já olhei Lisboa de cima a baixo e mesmo assim não encontrei o meu lugar. Já tive medo do escuro, já vi o arco-íris mesmo por cima de mim, tremi de nervoso, quase morri de amor. Já acordei a meio da noite e fiquei com medo de me levantar, já gritei de felicidade, já abracei mais que uma pessoa ao mesmo tempo. Já me deitei de madrugada e vi a Lua virar Sol, já vi amigos partir, mas descobri que rapidamente chegam novos, e a vida é mesmo assim, um ir e vir sem razão...

2 comentários:

Anónimo disse...

ir e vir, ir e vir.
adorei o texto.

Anónimo disse...

=) lindinha

textooo mt bonitooo e vddeiro =P