terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Em Onde Reside o Amor
Margarida Rebelo Pinto
quinta-feira, 26 de julho de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Engraçado que muitas vezes me passa pela cabeça deixar de ter este blog. Fazer outro com um "estilo"diferente. Com coisas que desse para me distrair mas sem nada de desabafos.
A verdade é que ao pensar nisso começa-me a dar aquela sensação de falta de ar. Desde que tenho o blog que escrevo porque necessito escrever. Nem que seja a maior parvoice. Não recomendo o blog a ninguém, quem sabe da existência sabe por um acaso e também porque não escondo a quem pergunta nem sequer é assunto taboo...
Esta é a minha realidade. Gosto que as pessoas que descobrem o blog e as que conhecem porque eu lhes falei e deu a curiosidade, se sintam identificadas com algo. Gosto de sentir que todos temos momentos parecidos na vida. Tanto de alegria como de tristezas!
Gosto disto. Escrever sem voltar atrás porque são os desabafos mais sinceros...
quarta-feira, 11 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Também é verdade que isto me acontece muito mais facilmente nas fases da minha vida em que estou só, sem namorada. É como se o meu coração fosse um apartamento pequenino onde só cabe uma mulher de cada vez e, por isso, quando está ocupado é-me muito mais difícil sentir algo forte por alguém. Quando estou só, sou capaz de ter essa sensação de alarme no metro, no autocarro, num bar qualquer ou até na fila da repartição das finanças.
Foi precisamente no autocarro que me apaixonei pela Mónica, numa viagem em que ela adormeceu ao meu lado e deixou a cabeça cair sobre o meu ombro. É-me difícil explicar, mas quando isso aconteceu eu ainda nem sequer a tinha visto bem. Ia ao lado dela a pensar noutra coisa qualquer, mas quando ela se encostou a mim o meu coração acelerou imediatamente. Apaixonei-me, portanto, pelo toque e fui o resto da viagem petrificado, a tentar imaginar como seriam a face e a voz dela. Os cabelos, esses, eu via-os e eram longos e negros. Para não a acordar, e também para aproveitar esse encosto o mais tempo possível, deixei-me ir muito para além daquela que seria a minha saída. Regressei a casa mais tarde, fazendo a pé cerca de três quilómetros.
Foram três quilómetros feitos muito calmamente, em passos curtos e incertos, a pensar nesse novo Amor da minha vida. Era uma sensação boa, porque eu sabia que era um Amor que não passava dum desses alarmes que vão e vêm com o vento. Afinal de contas, tinha-me apaixonado apenas porque ela adormecera no meu ombro, sem lhe ver bem a cara ou ouvi-la a falar. Muito provavelmente nem me lembraria dela no dia seguinte.
O problema é mesmo esse: o dia seguinte. Acordei e ela foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Veio e, diga-se de passagem, nunca mais saiu. De tal forma que nos dias seguintes apanhei o mesmo autocarro várias vezes por dia só para ver se me cruzava com ela, o que veio a acontecer cerca de uma semana depois. Vi-a exactamente no mesmo banco e sentei-me à frente dela, como quem não quer a coisa, e acho que ela me reconheceu. Pelo menos riu-se timidamente. Nessa viagem, em que finalmente a vi de frente, confirmou-se a minha paixão. O meu coração tornou a acelerar terrivelmente e eu fiquei incapaz de reagir.
Durante muito tempo aquelas viagens de autocarro repetiram-se. Cheguei a fazer um mapa com as horas a que ela apanhava o autocarro e já não falhava uma única viagem em que ela estivesse. Era sempre o mesmo: eu à frente dela como se fosse um homem estátua e ela à minha frente como se não fosse nada. Às vezes ia séria, outras vezes sorria um pouco. Suponho que tinha a ver com as suas variações de humor e da forma como o dia lhe tinha corrido. Perdi a conta às viagens que fiz com ela assim, nesse meu silêncio sofredor.
Nunca falámos um com o outro até ao dia em que ela, uns minutos antes de sair, me disse que era a última vez que andava naquele autocarro. Ia viver para Lisboa, onde tinha arranjado um emprego melhor. Eu corei e encolhi-me perante as evidências. Tchau!, disse ela por fim. Fiquei a vê-la pela trémula e enorme janela do veículo, lá fora, virada para mim e a sorrir-me enquanto dizia adeus com a mão. Embaciei o vidro com o meu bafo e escrevi "Amo-te" ao contrário, para ela conseguir ler. Foi essa a primeira vez que o fiz.
Bagaço Amarelo
[Este texto... está qualquer coisa...!!]
terça-feira, 3 de julho de 2012
Voltei a sentir coisas que já não sentia à muito tempo. Já diz o ditado, coração que não vê coração que não sente. Tenho por vezes, medo de ser mal interpretada nestes meus pensamentos um pouco confusos, opostos e até bipolares. Mas no fundo não escrevo para ser interpretada mesmo. Escrevo em forma de desabafo.
Sou mulher, considero-me como todas as outras uma mulher complicada. Muito complicada. Mas sempre tentei ser o menos complicado possível perante as outras pessoas. Sempre achei que não havia necessidade de mostrar o meu lado complicado quando eu só complicava quando estava sozinha e nos meus pensamentos (e mesmo assim quando tenho pouco que fazer). Mas hoje, e sim o dia todo, senti-me a típica mulher complicada. Complicada de pensamentos, complicada de sentimentos. Complicada por ser mulher.
Sei perfeitamente que quando entro neste estado, alguém o causou. E eu sei quem. Odeio pessoas com ar superior. Odeio que me façam sentir uma coisa que eu não sou. Odeio ser tão fraquinha de cérebro que me coloco logo nesta posição de "mulher à beira de uma crise depressiva".
Odeio colocar os outros em posições chatas e assim do nada, sem perceberem bem o que se passa comigo e talvez a pensar que estão perante um estado de loucura. Afasto-me. Peço para estar sozinha. Quando no fundo é tudo o que menos preciso.
Parva.