Tens-me inteira. De
mansinho me arrombaste as portas da poesia e tarde demais te descobri
passeando por todos os meus cantos, mesmo por aqueles que percorreste
distraído. Quisera conhecer o segredo, a magia que inventaste para me
vencer. Quisera saber de conquista e em ti criar atracção eterna pelo
meu corpo. Nenhuma solução é já possível nenhuma estratégia salvará a
batalha. Só mesmo querer-te deste modo, inquieto e angustiado, esperando
sempre pelo momento em que digas "não" e tudo se acabe como d’antes.
Quero querer-te ainda no fim e que no fim me leves contigo no teu peito,
nos teus dedos me escondas nos teus bolsos me ames se puderes. Olha-me
ainda e mesmo que nada vejas, não me negues, nunca, os teus braços de
ternura, apesar de tudo, ou de nada.
in A paixão serve-se fria.
Sem comentários:
Enviar um comentário