sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sagres, tu sabes...



Para cá de onde dorme o sol
eu fico todas as tardes
a ver se ele se vai embora e me deixa confiado
as memorias de outrora
em que levantamos tendas
sopramos canções de guerra
semeamos neste terra
novos sonhos que ainda agora
parecem sonhar de novo


Sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão


No palco de uma foqueira
entre risos de medronhos
fomos as noites dos lobos
escondidos nas piteiras
e os beijos nao foram poucos
a noite nao tinha céu
o dei nao tinha chão
o tempo nao tinha cara
e o mar tomavanos conta
dos cinco dedos da mão

Sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão..

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