segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ausência de palavras...

As coisas são simples. Tratar os meus sentimentos por coisas faz-me sentir uma pessoa mais fria do que realmente sou. A minha "frieza" não chega a tanto, Gosto de tratar "as coisas" pelos nomes mas o que fazer quando não podemos ou não temos coragem? Nada! (?)
Será que ando a sentir o que não devo e pela(s) pessoa(s) errada(s)? Será que vale a pena sentir-me bem numa hora (horas, dias...) para depois ficar outras tantas horas com a mente em forma de ponto de interrogação?

Vejamos, quando se quer algo material o que se faz? Pede-se ou compra-se.
Quando se quer algo de alguém que nem sabemos qual vai ser a resposta ou se sente o mesmo desejo, vontade de dar ou de receber o que se faz? Nada! E assim vivem as pessoas, na incógnita  do sentir. Não sei se sente, não peço. Não sei se quer, não pergunto. Não sei qual vai ser a reacção, não me mexo. Qualquer dia nem respirar as pessoas respiram com medo. Eu própria faço isto, contra mim falo. Para quê? Para ficar sempre alguma coisa por dizer? Por fazer? Por dar a conhecer?

É bonito dizer-se "um dia de cada vez". Sim, um dia de cada vez quando se fala no estado do nosso pais, quando se fala de um problema, de férias...  E quando se fala de sentimentos? Será possível viver um dia de cada vez sem certezas de nada? Não. Ou sim, por uns tempos. 

Não há remédio. Nem para as pessoas, nem para mim.

[ Que não se guarde nada para uma ocasião especial porque cada dia que se vive é uma ocasião especial.
Que se retire do vocabulário frases como 'um dia destes' e 'qualquer dia'.

Para mim isto sim faz sentido. Não é dizer "um dia de cada vez" mas sim não deixar passar esse dia guardando o que tanto há para dizer!]

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