segunda-feira, 16 de novembro de 2015

16 Novembro.

Leonardo,
 
Vou deixar de assinalar esta data como um dia triste.
Vou passar a recordar-te como tem sido até aqui - e tantas vezes que "me apareces à frente" - e vou sorrir ao faze-lo.
Vou deixar de sentir aquele aperto, aquela sensação de ter ficado muita coisa por dizer.
 
Hoje sei, que foi a tua hora, sei que aceitar é o melhor que tínhamos a fazer.
Sei que estejas tu onde estiveres, estás a ser o anjinho da guarda de muitos.
 
Acredita que penso muitas vezes em ti. Muitas situações que me fazem dizer o teu nome.
 
Sabes, a malta separou-se toda. É normal, mas no que toca aos mais próximos não conseguimos quebrar o elo. não conseguimos deixar de estar juntos. E muitas das vezes que estamos juntos, vem o teu nome. vem uma vivencia contigo.
 
Sei que foi na tua hora, as perguntas já lá vão há muito. Já não faz sentido sequer questionar.
Não consigo controlar as lágrimas ao falar disto, mas não é com angustia ou a tristeza profunda que tinha por não ter resposta à pergunta "Porquê?", caiem-me as lágrimas de saudade.
 
E saudade, esta perdura para sempre. Serás recordado para sempre. E em muitos dias da minha vida faço questão de falar de ti como um grande amigo que tive. E mencionar a grande pessoa que eras!
 
Oito anos se passaram...
Olha por nós.

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